Os cinco membros do grupo “La Manada” foram proibidos de entrar na aldeia e na piscina municipal de Palomares del Río, uma localidade de Sevilha. A autarquia divulgou a decisão esta segunda-feira depois dos quatro elementos do grupo que estão em liberdade condicional terem passado o dia de sábado na piscina da localidade, provocando aquilo a que chamaram “importante alarme social”.

“Não vamos permitir que pessoas que foram declaradas non gratas por parte deste ayuntamiento venham ao nosso município utilizar os nossos espaços públicos e provocar alarme social”, pode ler-se no comunicado da autarquia de Palomares del Río. De acordo com o El Español, os quatro homens foram reconhecidos pela população local e confrontados, acabando por ser escoltados por um funcionário municipal para outra zona da piscina, onde esperaram que o espaço encerrasse para sair. “Os utilizadores, ao reconhecer os violadores, começaram a confrontá-los com gritos contra a sua presença, até que foram acompanhados por um funcionário municipal até às zonas anexas ao campo de futebol, onde permaneceram até a piscina encerrar”, acrescenta o comunicado, que revela ainda que abriu um inquérito para apurar “todas as responsabilidades que esta pessoa possa ter no que diz respeito ao uso indevido de instalações públicas para benefício de violadores”.

A Câmara Municipal da localidade sevilhana sublinha que este sábado se gerou um “importante alarme social” que espera que “não volte a ocorrer”. “Não vamos permitir que Palomares del Río se converta num refúgio de violadores nem de delinquentes, nem vamos tolerar que os nossos cidadãos se sintam alarmados por este tipo de visitantes indesejados”, garante a autarquia.

Em causa estão os quatro membros do grupo que estão em liberdade condicional – José Ángel Prenda, Jesús Escudero, Antonio Manuel Guerreiro, Alfonso Jesús Cabezuelo. O quinto elemento, Ángel Boza, quebrou a liberdade condicional no princípio de agosto, quando roubou uns óculos de sol num centro comercial de Sevilha e fugiu no próprio carro, chegando a chocar com vários carros da polícia.

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Os membros do grupo foram acusados da violação de uma jovem de 18 anos durante as festas de São Firmino, em 2016, mas acabaram condenados, em abril deste ano, por um crime mais leve: abuso sexual. O resultado foram nove anos de prisão e 50 mil euros de indemnização. Os advogados de defesa recorreram da decisão e pediram a libertação dos indivíduos até que haja uma sentença final: após seis mil euros de caução, os cinco homens saíram em liberdade condicional no final de junho.

Membros de La Manada saem da prisão em liberdade condicional