Chegou a Portugal no dia 8 de agosto de 2017 para ser reforço do Feirense. As expetativas eram altas e, depois de uma época onde apontava dois golos em 14 jogos ao serviço do PAOK, Amr Warda apresentava-se em Santa Maria da Feira por empréstimo do clube grego como uma das possíveis revelações da Primeira Liga.

Mas, menos de uma semana depois, o egípcio abandonaria o clube português de uma forma tudo menos convencional: nunca houve explicações oficiais do Feirense para a dispensa do jogador, mas chegaram relatos à imprensa que davam conta de um caso de indisciplina, mais concretamente, um alegado assédio às mulheres dos companheiros de equipa.

https://twitter.com/transf_min/status/902589123244019712

Nas redes sociais, o jogador recusava qualquer acusação e defendia-se. “Nos últimos dias, tive de aprender o quão más algumas pessoas podem ser. Tive de aprender que algumas pessoas não se importam de prejudicar outras com falsos testemunhos e alegações, desde que sirvam os seus interesses”, explicou o internacional de 24 anos, continuando: “Sempre fui um homem respeitoso e rejeitei qualquer comportamento inapropriado. Como tal, não aceito que as pessoas tratem outras de forma desrespeitosa”.

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Já depois de contratar uma firma de advogados para processar quem o acusou de assédio, Warda acabaria mesmo por deixar o Feirense e rumar à Grécia, ao Atromitos, novamente emprestado pelo PAOK. Brilharia na antiga equipa de Sá Pinto e, com 11 golos em 28 jogos, voltou a ganhar um lugar na formação de Salónica.

No Estádio da Luz, frente ao Benfica, apontou um dos golos mais importantes da sua carreira até ao momento, oferecendo um empate que deixa esperança ao PAOK para a segunda mão do playoff da Liga dos Campeões. Foi o terceiro ao serviço do PAOK, o primeiro desde abril de 2017 e o único nas competições europeias. Foi também o suficiente para, em Portugal, deixar de ser o egípcio dispensado pelo Feirense para ser o jogador que gelou a Luz no playoff da Liga dos Campeões.