As forças de segurança afegãs puseram esta terça-feira fim a um ataque em Cabul que se prolongou por mais de seis horas, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Ao todo, cerca de 30 granadas de morteiro foram disparadas sobre a capital afegã a partir de “dois locais distintos mas próximos”, segundo um comunicado da missão da NATO no Afeganistão. Quatro dos atacantes foram mortos e cinco renderam-se, segundo o texto. Segundo o exército, seis civis e soldados foram feridos.

O grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico reivindicou o ataque através da sua agência de propaganda Amaq. O alvo, segundo o grupo, era o palácio presidencial do Afeganistão.  O ataque começou cerca das 09h00 locais (5h30 em Lisboa), no momento em que o Presidente afegão, Ashraf Ghani, discursava por ocasião da comemoração muçulmana do Eid al-Adha, a “festa do sacrifício”. O disparo de pelo menos dois mísseis foi ouvido durante a transmissão do discurso, o que levou Ghani a afirmar, interrompendo o discurso, que “a nação não vai vergar-se a estes ataques com mísseis”.

O Presidente afegão propôs no domingo uma trégua de três meses aos talibãs, mas o movimento não se pronunciou até ao momento. Essa proposta não menciona o grupo extremista Estado Islâmico, muito ativo em Cabul.

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