O Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar de Moçambique alertou esta terça-feira para a propagação da febre aftosa no país, considerando que as medidas propostas pelo Governo estão a ser negligenciadas.

“Os fatores que aceleraram a propagação da febre aftosa são a movimentação ilegal e a não notificação atempada às autoridades veterinárias”, disse Américo da Conceição, o diretor nacional de Veterinária, citado pelo diário Notícias. Até finais de julho, a doença estava presente em alguns distritos de Nampula, Tete, Gaza e Maputo. Agora foi notificada nos distritos de Panda em Inhambane, Guro e Sussundenga em Manica, acrescentou a fonte.

Realizamos vacinação de proteção ao longo da fronteira nas províncias de Tete, Manica, Gaza e Maputo. Estabelecemos comités de emergência da febre aftosa em cada província que vão coordenar ações de vigilância e implementação das medidas decretadas pela doença”, acrescentou.

Há também registo da doença nos países vizinhos como Maláui, Zâmbia, Botsuana e Zimbabué. O Governo moçambicano, em coordenação com as autoridades destes países, quer criar “um cordão de proteção” nas fronteiras. Moçambique decretou a proibição de movimento de gado bovino num raio de 50 quilómetros dos distritos afetados pela doença.

Em julho, o Governo moçambicano anunciou uma campanha de vacinação de gado nas áreas onde a doença foi detetada, um processo que devia abranger 391.500 bovinos em sete províncias do país, no âmbito da prevenção e controlo do surto. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa para os ruminantes e suínos, causada por sete serótipos do vírus do género “Aphtovirus”.

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