Dois homens e um jovem estavam a surfar numa região remota da Nova Zelândia quando foram atacados a tiro. As autoridades encarregues do caso suspeitam de um fenómeno  de regionalismo, em que os locais defendem a praia contra surfistas de outros locais.

Os três surfistas estavam dentro de água quando ouviram os primeiros dois tiros, que julgaram ser tiros perdidos de um caçador. Porém, quando o terceiro disparo acertou a poucos metros do jovem de 14 anos, perceberam de que o alvo eram eles, conta um dos homens ao Stuff.

Aterrorizados, começaram por se dirigir para o cais para alertar a polícia, onde afirmam ter visto dois homens que os estariam a insultar. “Os residentes locais talvez nos ajudem a identificar que estava na área naquela altura”, afirmou o sargento da polícia Andy Connors. O surfista profissional Daniel Kereopa tem família na região e já surfou por convite naquela praia. Em declarações ao Stuff confirma o fenómeno. “Desde que conheço o local que as pessoas se preocupam com ele e geralmente só lá vais por convite”, afirmou.

Não é a primeira vez que zona remota de Te Maika na costa de Taharoa (no Oeste da Nova Zelândia) registou um incidente deste tipo. Não há muito tempo atrás um pescador sofreu o mesmo “tratamento” da população local. Este fenómeno é apelidado pelas autoridades de “localismo”, a expressão que a polícia usa para descrever o ressentimento das populações pela presença de turistas ou pessoas de fora sem o seu convite. O termo não é exclusivo à Nova Zelândia, como mostra o The Guardian, sendo comum entre comunidades surfistas no mundo inteiro.

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