O Opel GT X Experimental surge como um protótipo oriundo do gabinete de design da marca alemã, a quem cabe definir como vão ser os modelos de amanhã. E a nova linguagem estilística aponta para veículos simples, sem cromados, mas com personalidade e irreverentes, compromisso suportado por formas possantes e coloridas.

A frente passa a exibir uma nova grelha, mais vertical e de pequena dimensão, enquadrada por grupos ópticos igualmente reduzidos, onde salta à vista o novo design da assinatura luminosa. Como protótipo que é, o GT X Experimental pode dar-se ao luxo de apresentar portas suicidas traseiras (a abrir ao contrário) e prescindir do pilar B (o central do tejadilho), mas nada disto deverá passar à produção em série. A traseira faz lembrar os hatchback, com uma linha descendente tipo Astra ou Corsa, com os farolins posteriores a assumirem uma forma similar às produções mais recentes da marca alemã, que reforçam a sensação de largura do modelo.

O habitáculo é minimalista, o que é vulgar nos protótipos deste tipo, o que não significa que os veículos a que vai dar origem assumam a mesma filosofia. O que se torna óbvio é o espaço concedido aos ecrãs digitais, onde para além do painel de instrumentos, existe ainda um espaço generoso para um display de grandes dimensões, colocado ao centro e vocacionado para o infoentretenimento.

Para o GT X a Opel reclama capacidade de condução autónoma de Nível 3, o que é de saudar, mas isso é relativamente fácil de afirmar quando se trata de um protótipo que dificilmente poderá circular em condições normais, com ou sem qualquer tipo de automatismo.

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O GT X Experimental assume-se como um crossover eléctrico, cujo motor (ou motores, se quiser usufruir de tracção às quatro rodas) é alimentado por uma bateria de 50 kWh, capaz de ser recarregada por sistema de indução. Segundo a Opel, os SUV deverão representar 40% das suas vendas em 2021, com cada um dos modelos da gama, dos mais pequenos aos maiores e mais luxuosos, a oferecerem até 2024 pelo menos uma versão eléctrica ou híbrida.

A questão que se coloca é saber se o GT X Experimental pode vir a ver a luz do dia como veículo de série. Capaz de responder com certeza a esta dúvida, só mesmo Michael Lohscheller, o CEO da Opel, ou o português Carlos Tavares, o dirigente da PSA. Mas se tivéssemos que apostar, tendo em conta que o GT X é um SUV com 4,06 metros de comprimento e 1,83 m de largura, não é de todo impossível que estejamos perante um substituto do futuro Mokka X. Este SUV da Opel é hoje demasiado próximo do Crossland X, pelo que à semelhança do que a Volkswagen fez com o T-Roc e a Renault se prepara para fazer com o Arkana, faz todo o sentido que evolua para um SUV (ou crossover) com filosofia de coupé.