A suspeita de ataque informático à base de dados dos votantes do partido Democrata, nos EUA, foi classificada como alarme falso. Segundo o The New York Times, as atividades suspeitas detetadas não passaram de um teste, afirmou um responsável do partido.

As suspeitas de phishing (tipo de ataque informático que revela ao hacker todas as informações de determinado utilizador assim que ele carrega num link específico) detetadas esta semana alarmaram os responsáveis do partido político, que não tardaram em avisar o FBI por temerem que fosse mais um ataque russo — como aconteceu durante a campanha de 2016.

O teste teve atributos bastante semelhantes a um ataque informático real, afirmou Bob Lord, o chefe de segurança dos Democratas. Não foi um teste autorizado pelo comité central do partido. Lord explicou ainda que a base de dados em questão é a que contém “as informações mais sensíveis do partido”.

Hackers tentaram atacar base de dados dos democratas, revela comité nacional do partido

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Os pânico causado trouxe ao de cima o medo subliminar de uma nova brecha no sistema dos Democratas, sentimento exacerbado pelo facto de faltarem poucas semanas das eleições intercalares — mesmo tendo em conta que a segurança informática foi atualizada desde 2016. Serviços Secretos norte-americanos já avisaram, porém, que continua a existir o perigo de novas interferências russas em eleições nos EUA.

“Existem tentativas constantes de hackear o D.N.C. [Democratic National Committee] e a infraestrutura do partido Democrático num todo. Apesar de estarmos muito aliviados que esta não tenha sido uma tentativa de intrusão por parte de um adversário estrangeiro, este incidente mostra que precisamos de continuar vigilantes e atentos a eventuais ataques”, acrescentou ainda Bob Lord, através de um comunicado oficial.

Com as eleições intercalares quase a começar, grupos políticos e administradores têm estado em alerta máximo. A Microsoft, por exemplo, detetou que um grupo de hackers, ligado a serviços de inteligência russos, tentou infiltrar-se o Senado e em “think tanks” conservdores nos EUA através de falsos sites. No mês passado, o Facebook descobriu uma campanha de influência política que estava a tentar intrometer-se nas eleições. Ainda esta semana, a mesma empresa de redes sociais afirmou que encontrou outros focos de desinformação a chegar de fora dos EUA.