A atriz Graça Lobo, de 79 anos, que foi internada no hospital de Santa Maria no passado dia 21, na sequência de uma denúncia pública sobre o seu estado de saúde, já foi reencaminhada para a Santa Casa da Misericórdia de Cascais, segundo confirmou ao Observador a filha, Sarah Anahory Vapaos.

“A minha mãe já foi levada para a Santa Casa da Misericórdia em Cascais. Falei com as assistentes sociais, que me disseram que estava tudo encaminhado”, disse Sarah Anahory Vapaos, acrescentando que, segundo o hospital de Santa Maria, Graça Lobo sofre de osteoporose (doença que se caracteriza pela diminuição da resistência óssea, tornando os ossos mais vulneráveis a fraturas).

No dia 21 de agosto, a filha de Graça Lobo partilhou no Facebook o estado de saúde débil da mãe, pedindo que esta fosse urgentemente internada. Horas depois, a atriz portuguesa foi internada no hospital de Santa Maria, o mesmo que, em comunicado, garantiu que Graça Lobo ia ser encaminhada para uma instituição, uma vez que a sua filha estava incontactável “há mais de 24 horas”.

No post original, Sarah Anahory Vapaos escreveu que a mãe foi reencaminhada para casa depois de três idas às urgências, com “dores violentíssimas”. Referiu-se a um “jovem médico” que “teimou” em não internar a atriz consagrada e adiantou que a mãe sofria de um “gravíssimo enfisema pulmonar” e de uma “incontinência insuportável de tão grave que é”.

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Diz que já não quer vir para casa, que quer ir para Santa Maria ou outro hospital em Lisboa. Eu quero que a vejam em oncologia ou num hospital qualquer em que a tratem, um qualquer é melhor do que cá em casa!”, escreveu no post, afirmando não ter condições para cuidar da atriz, que completa 80 anos em abril do próximo ano.

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) emitiu um comunicado, citado pelo Diário de Notícias, onde se lê que Graça Lobo estava internada no Hospital de Santa Maria desde as 22h18 de terça-feira, dia 21 de agosto, no Serviço de Urgência Central. Dada a situação clínica estável da atriz, o CHLN refere que a sua permanência hospitalar já não se justificava. Como o familiar de referência, neste caso a filha, estava “incontactável há mais de 24 horas”, Graça Lobo começou a ser reencaminhada para uma instituição da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O CHLN decidiu proceder a contatos com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), no sentido desta integrar Graça Lobo numa estrutura adequada à sua situação, no âmbito da política de humanização e responsabilidade social que, adicionalmente, assumimos em parceria e em proximidade”, lê-se no comunicado.

Ao Observador, Sarah Anahory Vapaos explica que, após o internamento da mãe no hospital de Santa Maria, teve de ficar incontactável porque estava “em estado de choque”. “Tinha de voltar a casa, vivo a 80 quilómetros de Lisboa. Quero voltar a dormir normalmente. Acho que fiquei traumatizada com isto”. Anahory Vapaos acrescentou ainda que o hospital em causa “tomou o cuidado de considerar a situação de uma forma mais rápida”.

(esta notícia foi atualizada no dia 28 de agosto, às 13h26 sobre as referências ao Hospital de Torres Vedras que foi identificado no contexto errado)