O Sistema de Proteção Social (SPS) de Angola está a pagar prestações mensais, entre pensões, abonos e subsídios, a mais um 1,7 milhões de angolanos, longe dos 7,5 milhões estimados em idade ativa, assumiu fonte hoje governamental.

A ministra da Ação Social Família e Promoção da Mulher de Angola, Victória da Conceição, que falava na abertura do seminário “Regimes de Proteção Social”, admitiu que, apesar da obrigatoriedade legal de inscrição e vinculação dos trabalhadores por conta de outrem, por contra própria, do serviço doméstico e do clero religioso, ainda há uma “parte considerável” da população ativa por cobrir pela Segurança Social.

Para Victória da Conceição, o número de segurados continua abaixo dos dois milhões, bastante inferior à dimensão real da força de trabalho existente, que se estima na ordem dos 7,5 milhões.

A governante angolana frisou que as estatísticas da Segurança Social mostram que 99% dos segurados estão vinculados ao regime dos trabalhadores por conta de outrem, lembrando que, nestes, estão incluídos os funcionários públicos, e apenas 1% se distribui pelos restantes regimes especiais de proteção social obrigatória.

Nesse sentido, sublinhou ser necessário alargar a cobertura do sistema de proteção social obrigatória aos trabalhadores agrícolas de pequena produção, das pescas, por conta própria, com frágil capacidade contributiva, as domésticas e empregadores urbanos das microempresas, garantindo que se exige a inovação administrativa para assegurar a diversificação da economia.

Além da necessidade de se expandir o sistema de proteção social obrigatório a novos grupos profissionais, é fundamental, explicou, que se assegure também que as entidades empregadoras e os trabalhadores destes regimes especiais contribuam regularmente para o sistema.

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