Centenas de turistas foram retirados de um hotel da cidade costeira de Hurghada, no Egipto. A decisão foi tomada pela agência de viagens Thomas Cook, depois da morte de um casal britânico, na terça-feira passada. John Cooper e a mulher, Susan, estavam a passar férias com a filha e três netos. Na manhã daquele dia, o homem sentiu-se mal, no quarto, e morreu de forma súbita. Cinco horas depois, a mulher haveria de ser levada para o hospital, onde também foi declarado o óbito.

O The New York Times conta que os responsáveis do hotel apressaram-se a explicar que ambos tinham morrido de causas naturais, apesar da coincidência temporal, mas com outros hóspedes a queixarem-se, nomeadamente, de problemas digestivos, relacionados com a fraca qualidade da comida, a agência de viagens fez sair todos os clientes que tinha colocado no hotel Steigenberger Aqua Magic. Metade regressou de imediato ao Reino Unido. Os restantes foram transferidos para outros hotéis.

Ainda sem os resultados das autópsias, não há certezas quanto ao que provocou a morte do casal, mas a filha garante que algo de “muito suspeito” aconteceu. Entrevistada pela Sky News, explicou que o estado de saúde dos pais era “perfeito”, quando se despediu deles na segunda-feira à noite, e que os encontrou gravemente doentes e a precisarem de assistência médica urgente, logo no dia seguinte, na manhã do incidente.

Esta época de verão era considerada muito importante para o turismo do Egipto, depois de anos em que o país sofreu uma quebra nas visitas de estrangeiros, a reboque da instabilidade política e das ameaças do auto-proclamado Estado Islâmico. O caso da morte do casal britânico – e consequente retirada de outros turistas — é, por isso, muito sensível. Ao ponto da própria ministra do Turismo ter vindo insistir, publicamente, que os primeiros dados médicos apontam mesmo para uma morte por causas naturais. O caso continua, ainda assim, a ser investigado. No resort em causa, permanecem 1.600 hóspedes.

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