Uma juiz federal invalidou, este fim de semana, a maior parte de um plano do presidente norte-americano Donald Trump, para facilitar o despedimento de funcionários públicos e reduzir o tempo que podem dedicar a atividades sindicais.

A ordem emitida à última hora de sexta-feira pela juiz, Ketanji Brown Jackson, de um tribunal federal de Washington, representa uma vitória para os sindicatos que representam o setor público nos Estados Unidos, face às ordens executivas de Trump que penalizavam os trabalhadores.

Vários sindicatos que representam os funcionários que trabalham para o governo federal interpuseram uma ação judicial para impedir que as medidas entrem em vigor, o que originou a decisão de sexta-feira.

A juiz Brown Jackson sustenta que as medidas de Trump “limitam o direito dos funcionários públicos à negociação coletiva”, e que “o presidente excedeu a sua autoridade ao proclamá-las”.

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Desde a campanha presidencial, Trump tem mostrado interesse em reduzir o peso dos trabalhadores da administração pública em Washington que considerou de estar cheio de “despesismo, fraude e abuso” e que suspeita estar mais próximo da oposição democrática do que dele.

O ex-presidente da câmara dos representantes, Newt Gingrich, disse no ano passado que 99% das doações de trabalhadores do Departamento de Estado e 97% da Justiça durante a campanha presidencial de 2016 foram para a democrata Hillary Clinton.

“Há algumas razões para acreditar que um número considerável de pessoas não quer que Trump tenha sucesso”, disse Gingrich, que era a favor de permitir que o presidente controle “a burocracia que se opõe ativamente a ele”.