A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) vai pedir esclarecimentos adicionais sobre a falha do sistema de videoárbitro registada no jogo FC Porto-Vitória de Guimarães, no sábado, embora aceite as razões já apontadas.

“A Liga Portugal aceita como válidos os esclarecimentos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Altice, hoje tornados públicos, relativamente à falha no sistema VAR durante a partida ontem disputada no Estádio do Dragão. Ainda assim, a Liga Portugal formalizará um pedido oficial de esclarecimentos adicionais ao Conselho de Arbitragem da FPF”, disse à Lusa fonte da Liga.

Esta posição surge depois de a FPF e a operadora de telecomunicações Altice terem defendido hoje a eficiência do sistema, apesar da falha de ‘hardware’ no jogo de sábado, que impediu a utilização do videoárbitro entre o minuto 15 e o final da primeira parte, período em que o FC Porto marcou o segundo golo de forma irregular.

“O sistema é eficiente, como provam os cerca de 35 mil minutos sem registo de ocorrências que impeçam a sua utilização. Nesse período, foram comunicadas publicamente pelo Conselho de Arbitragem falhas em apenas dois jogos: Desportivo das Aves-Benfica (época 2017/18) e FC Porto-Vitória SC (2018/19)”, lê-se em comunicado enviado hoje à Lusa pela FPF e pela Altice.

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O segundo golo do FC Porto no jogo da terceira jornada da I Liga foi marcado por André Pereira em posição de fora de jogo, aos 43 minutos, mas o sistema estava em ‘baixo’ desde o minuto 15, devido a uma falha de comunicação, apesar de ter sido testado antes do encontro.

“Do protocolo de utilização do sistema em cada jogo faz parte um período de testes que envolvem técnicos na Cidade do Futebol [sede da FPF, em Oeiras] e no estádio, bem como a equipa de arbitragem. No jogo disputado no Dragão, (…) o sistema foi testado, como estipula o protocolo. Por volta dos 15 minutos perdeu-se a comunicação com o estádio, devido a falha num componente de ‘hardware’ da solução”, é explicado na nota.

Na sequência da falha, “o quarto árbitro foi avisado e passou a informação à restante equipa de arbitragem no terreno”, e, “de acordo com os regulamentos, o jogo decorreu a partir daí sem suporte do videoárbitro”.

“Por se tratar de uma falha de ‘hardware’, a equipa técnica em serviço no Dragão procedeu à passagem para o sistema alternativo existente em todos os estádios. Esta operação implicou uma deslocação ao local onde estão os equipamentos. O sistema de videoarbitragem operou sem deficiências durante toda a segunda parte do jogo”, acrescentam a FPF e a Altice.