A receita para fabricar uma limousine passa tradicionalmente por pegar num veículo, de preferência de dimensões generosas, e depois esticá-lo até oferecer a desejada habitabilidade, idealmente para nove (ou mais) convivas. É claro que depois é preciso recorrer a uma série de reforços para que o comprido “monstro” não vergue nem se parta ao meio, mas este é um pequeno preço a pagar quando se pretende ter um veículo com quatro rodas, onde é possível organizar, lá dentro, uma festa – por vezes, bem animada e “regada”…

O pai do Limo Jet – denominação apropriada, tendo em conta o veículo em causa – é Frank deAngelo, que desde 2006 acalenta a ideia de fabricar uma super limusina a partir da fuselagem de um avião. O projecto foi evoluindo, ainda sob o ponto de vista técnico, pois havia muito para pensar e adaptar, na medida em que seria impossível recorrer aos motores originais do aparelho, uma vez que, para além do ruído extremo, tenderia a transformar num churrasco os veículos que estivessem imediatamente atrás do Limo Jet no trânsito.

Depois de conseguir montar um motor a gasolina dentro da estrutura, num veículo que nasceu para ter os motores turbojacto no exterior da fuselagem, havia igualmente que conceber sistemas de suspensão, de direcção e de travagem. E retirar as asas, pois com elas não havia rua nem estrada que acomodasse o Limo Jet.

Decidido a utilizar uma fuselagem de um LearJet, Frank e a sua equipa entregaram a adaptação de um dos mais conhecidos modelos de jacto privado a rodar em estrada à JetSetters Inc, que tratou não só de se certificar que o Limo Jet era capaz de circular na via pública – desde que se esqueçam as ruas mais estreitas… –, como de homologá-lo e cumprir todos os requisitos legais.

O resultado é provavelmente a maior limousine do mundo, com um comprimento de 12,8 metros e um peso de 5.443 kg. Um peso ‘pluma’, portanto. Para fazer este monstro andar, a JetSetters recorreu a um motor V8, não especificando a origem nem a potência, sendo de realçar que as jantes, parecendo pequenas, têm 28 polegadas de diâmetro, que as asas e o leme de cauda foram mantidos, reforçando a sensação de estarmos perante um avião, e que até os dois motores estão no seu lugar original. Bem, na realidade, apenas a “carcaça”, onde está instalado um conjunto de LED capaz de dar a ideia que o jacto está quase a descolar, mesmo quando circula a 100 km/h.

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