Mesmo para quem não gosta de boxe, poucos são os que não conhecem Cassius Clay, que em 1964 passou a Muhammad Ali. Com a alcunha de “O Maior” (The Greatest), Clay conquistou a medalha de ouro em boxe, para os EUA, nos Jogos Olímpicos de Roma de 1960, para quatro anos depois unificar os três principais títulos de campeão do mundo de pesos pesados, tudo isto com apenas 22 anos. Nesse mesmo ano aderiu ao islão e alterou aquele que considerava o seu nome de escravo para Ali. Porém, continuou a ser considerado um dos indivíduos mais famosos do mundo, pelas audiências que atraía na televisão, o que aliás é confirmado pelo seu funeral, em Junho de 2016, cuja cobertura foi seguida por mais de 1.000 milhões de espectadores.

Ao longo da sua carreira, na fase Clay e posteriormente enquanto Ali, o boxeur possuiu uma série de veículos, com destaque para um Rolls-Royce, um descapotável Cadillac e um Mercedes incrustado com jóias, avaliado em mais 1,5 milhões de dólares. Mas entre os seus “troféus” de quatro rodas, há ainda um Alfa Romeo Spider, que o pugilista comprou em 1976. Leve e ágil, especialmente entre os modelos americanos, o Spider simbolizava na estrada o que Ali anunciava nos ringues, como característica da sua técnica de boxe: voava como uma borboleta e picava como uma abelha. E o Alfa “picava” à séria, pois o seu motor 2 litros já à época anunciava 128 cv, sendo capaz de acelerar como poucos rivais.

O Alfa Romeo, que se encontra em excelentes condições, tanto na pintura cinzenta como nos interiores revestidos a pele preta, acusa 129.907 km e ainda exibe na frente uma das placas do atleta, a ALIBEE2. Vai a leilão em Setembro, em Las Vegas, pela mão da Barrett-Jackson. Se, por um lado, não deve ser arrematado por um valor extremamente elevado, por outro, não deve ser entregue por uma pechincha, tal o número de adeptos em busca de objectos daquele que foi o maior lutador de todos os tempos.

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