O Ministério da Defesa israelita anunciou esta segunda-feira a assinatura de um contrato com um grupo de armamento nacional para o desenvolvimento e produção de mísseis capazes de atingir qualquer alvo na região.

Num comunicado, o ministério adianta que o contrato será da ordem das centenas de milhares de shekel (1 euro = 4,23 skekel), mas não precisa o tipo de armas encomendadas ou os alvos que poderão visar. A agência France Presse indicou que o ministério não respondeu aos seus pedidos de mais informação.

Israel é confrontado com uma série de ameaças ao nível da segurança: considera-se alvo preferencial do Irão, continua tecnicamente em estado de guerra com a vizinha Síria, persistindo a hostilidade com o movimento xiita Hezbollah a norte (Líbano) e com o movimento radical palestiniano Hamas a sul (Faixa de Gaza).

Embora a composição do seu arsenal seja difícil de determinar, Israel passa por dispor de capacidades balísticas entre as mais avançadas da região, graças ao apoio e financiamento norte-americano e à produção nacional. Os mísseis encomendados serão produzidos pelo grupo público Indústrias Militares Israelitas (IMI), em cooperação com a autoridade encarregada do desenvolvimento dos sistemas de armamento dependente do Ministério da Defesa, indicou este.

Israel já possui mísseis do tipo Jericho, com um alcance máximo de 4.800 quilómetros e que podem ser equipados com ogivas nucleares. Israel nunca admitiu publicamente possuir a arma atómica. O exército israelita está igualmente equipado com os mísseis Delilah (250 quilómetros) e Lora (280 quilómetros) e o país possui um dispositivo de defesa antimísseis desenvolvido com os Estados Unidos.

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