A Aston Martin é um respeitado fabricante de automóveis, que produz veículos com classe, lindos e, nos últimos anos, cada vez mais potentes, eficazes e tecnologicamente sofisticados. Atravessa um ciclo de produto como nunca conheceu, recheado de desportivos que são respeitados por todos – mesmo os concorrentes –, e isso criou condições para a empresa, liderada por Andy Palmer, ousar pensar numa IPO (Oferta Pública Inicial) em bolsa. Segundo os analistas, o lançamento no mercado de acções pode imputar-lhe um valor de 5,5 mil milhões de euros.

Numa fase em que já lançou o belo e possante DB11, e se prepara para apresentar o Valkyrie, concebido em colaboração com a Red Bull, a equipa de F1 que tem como projectista o mago Adrian Newey, a Aston Martin parece ter actualmente o toque de Midas, transformando em ouro tudo o que toca. Mas as contas do construtor britânico mostram uma realidade bem diferente.

Segundo o The Telegraph, o construtor que anunciou 96 milhões de euros de lucros antes de impostos em 2017, terá declarado prejuízos muito mais avultados nos oito anos anteriores, período que culminou com perdas de 180 milhões em 2016.

De acordo com as afirmações de Palmer à Reuters, foram os resultados de 2017 que permitiram pensar no recurso à bolsa para financiamento, o que surge numa altura muito complicada, com a ameaça do Brexit a pairar sobre as cabeças de todos os fabricantes britânicos ou com instalações fabris no Reino Unido. E a Aston Martin insere-se em ambas as categorias.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR