Há pelo menos quatro anos que o número de aposentações na Função Pública tem vindo a diminuir, estimando-se que este ano bata um novo recorde mínimo. Só nos primeiros sete meses deste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Diário de Notícias que citam o último boletim da execução orçamental, terão saído 5.145 trabalhadores da administração pública, o que representa uma queda de 7% face ao mesmo período de 2017.

Umas das justificações para esta redução, que se traduz em menos de mil reformas por mês, está relacionada com as alterações ao Estatuto da Aposentação que avançaram durante o período de intervenção da troika. Isto porque, entre as várias mudanças, as reformas antecipadas passaram a ser mais penalizadas e a idade legal para ter direito à reforma por inteiro foi alargada, calculada em função do aumento da esperança de vida.

Já o valor médio das novas reformas parece estar a subir. No primeiro semestre do ano passado, o valor médio das pensões atribuídas andava na casa dos 1.085 euros — este ano ano, no mesmo período, esse valor já vai em mais de 1.260 euros.

Também os pedidos de reforma antecipada, que chegaram a representar mais de metade das saídas anuais do universo de trabalhadores do Estado, registam uma quebra acentuada. A manter-se este ritmo de novas saídas, estima-se que este ano feche com um número abaixo dos 8.727 do ano passado, em que chegaram a 10.500.

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