Mais de 350 elementos das forças armadas de 13 países africanos, entre os quais Angola, integram um treino conjunto de uma semana no Uganda, um exercício que pretende preparar uma melhor resposta às crises no continente.

O porta-voz adjunto das forças armadas do Uganda, o tenente-coronel Deo Akiiki, disse à agência chinesa Xinhua que o Exercício de Posto de Comando pretende equipar as tropas com técnicas para um trabalho comum que permita assegurar a segurança e proteção.

Militares de Angola, Argélia, Burkina Faso, Benim, Chade, Egito, Níger, Ruanda, Senegal, Tanzânia, África do Sul, Sudão e Uganda iniciaram na quinta-feira o treino.

O exercício decorre no Centro de Capacitação Rápida do Uganda, na cidade de Jinja a cerca de 80 quilómetros da capital, Kampala.

O tenente-general Wilson Mbadi, vice-chefe da Defesa do Uganda, constatou que o exercício é organizado pelos países africanos que preferem resolver os seus próprios problemas e assim reduzirem a influência de atores externos nos assuntos do continente.

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“O afastamento dos estados ocidentais da gestão de conflitos africanos depois dos desastres na Somália e no Ruanda tornaram imperativas as soluções africanas para os problemas africanos”, disse Mbadi.

A iniciativa integra a iniciativa de Capacidade Africana para Resposta Imediata a Crises (ACIRC, em inglês).

O ACIRC é uma força intervencionista temporária criada em novembro de 2013 e que será substituída pela Força Africana em Estado de Alerta, assim que esteja completamente funcional.

O diretor da missão, o major-general Mark Nakibus Lakara, acredita que o exercício prepara as forças do ACIRC para futuras operações interventivas e de acordo com a Ato Constitutivo da União Africana (UA).

Um representante da Comissão da União Africana, Sivuyille Bam, elogiou o órgão regional pelo desenvolvimento de uma força capaz de entrar em ação rapidamente a pedido UA ou das Nações Unidas.