Pelo menos nove civis, incluindo cinco crianças, morreram esta terça-feira em ataques aéreos russos contra a província de Idleb (noroeste da Síria), último grande bastião rebelde no país e onde estará iminente uma ofensiva do regime.

“Os aviões russos bombardearam novamente a província de Idleb após uma pausa de 22 dias”, disse à agência France-Presse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane. Segundo o OSDH, os ataques tiveram como alvo 24 regiões e mataram pelo menos nove civis, incluindo cinco crianças de uma mesma família, ferindo 10 outras pessoas.

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Os ataques aconteceram “no dia seguinte ao de ataques dos rebeldes contra posições das forças do regime (de Bashar al-Assad) na província vizinha de Lataquia, que causaram três mortos”, disse Abdel Rahmane. Há várias semanas que o regime sírio vem juntado reforços junto à província de Idleb, situada junto à fronteira com a Turquia e onde vivem cerca de 2,9 milhões de pessoas.

O regime sírio quer reconquistar a província, 60% da qual é dominada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, formado por membros do antigo ramo da Al-Qaida) e que conta também com uma multitude de grupos rebeldes. Segundo a ONU, uma ofensiva contra Idleb poderá provocar até 800.000 deslocados e “uma catástrofe humanitária”.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão pelo regime de manifestações pró-democracia, já causou mais de 350.000 mortos e obrigou milhões a deixarem as suas casas.

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