Organizações não-governamentais (ONG) e especialistas pediram esta terça-feira à União Europeia para que passe a lidar as negociações sobre as alterações climáticas dentro da ONU devido ao fraco envolvimento demonstrado por países como a Austrália e Estados Unidos. “Esperamos que a UE dê um passo à frente”, disse aos jornalistas Harjeet Singh, ativista da ActionAid International, no âmbito da conferência sobre alterações climáticas, que se realiza em Banguecoque entre esta terça-feira e domingo.

“É muito deprimente ouvir as declarações (sobre mudança climática) dos Estados Unidos, Austrália ou Nova Zelândia”, disse Singh, que esteve na conferência de imprensa juntamente com outros ativistas e especialistas que fazem parte da plataforma denominada rede para a ação climática. Mais de 2.000 delegados de 182 países e da UE participam nesta conferência, que tem como objetivo chegar a um acordo sobre um quadro de orientações e regras para serem aprovadas na Cimeira do Clima (COP 24), que se realiza na Polónia em dezembro.

Estas orientações devem ter presentes o Acordo de Paris (2015), que apresenta um plano de ação destinado a limitar o aquecimento global a um valor abaixo dos dois graus centígrados, entre outras medidas. Esta conferência de Banguecoque é a última oportunidade de avançar as negociações antes da COP 24, após o fraco progresso conseguido na reunião preparatória realizada em maio passado na cidade alemã de Bona.

Na conferência de imprensa, o ativista lembrou que, no ano passado, existiam mais de 18 milhões de pessoas deslocadas no mundo devido a catástrofes naturais, que são maioritariamente causadas devido às mudanças climáticas.

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