O magnata chinês do comércio eletrónico Liu Qiangdong, foi detido esta sexta-feira nos Estados Unidos devido a suspeitas de violação sexual. O diretor executivo da JD.com, a segunda maior empresa de comércio digital chinesa, foi libertado no sábado seguinte e regressou à China, onde esteve presente num evento em Pequim.

O relatório inicialmente publicado pelo departamento de polícia de Minneapolis era “vago”, não fornecia muita informação e usava apenas o termo “conduta sexual criminosa”, que engloba uma vasta gama de contactos sexuais não consentidos. O relatório foi escrito na noite da detenção do empresário e, desde então, “muitos progressos terão sido feitos” apesar de “ainda haver muito a ser feito”, segundo o porta-voz do departamento da polícia, John Elder. As investigações vão continuar a decorrer.

Richard Liu, nome que o homem de negócios usa nos Estados Unidos da América, rejeitou as alegações e foi libertado sem ter sido formalmente acusado, o que fez com que não fosse necessário o pagamento de uma fiança para a sua libertação, segundo a CNN. Liu tem residência em Minneapolis como parte de um programa de doutoramento em Administração de Empresas na Carlson School of Management, da Universidade do Minnesota, focado exclusivamente em “executivos de topo” a trabalhar full-time na China.

A JD.com é a segunda maior empresa de compras online da China, apenas atrás da gigante Alibaba. As acusações que recaem sobre o seu diretor tiveram efeito imediato na prestação da empresa na bolsa norte-americana. A empresa, avaliada em 40 mil milhões de dólares, caiu 6% apenas na terça-feira, quando as notícias de Liu vieram a público.

Criada há 20 anos, a JD.com tornou-se um gigante do “e-commerce” e gerou a Richard Liu uma fortuna avaliada em 7 mil milhões, de acordo com a Bloomberg. A JD.com respondeu à polémica através de um comunicado, onde reafirmou a resposta de Liu. “Numa viagem de negócios aos Estados Unidos, o Sr. Liu foi interrogado pela polícia em Minnesota em relação a uma acusação infundada ”, na rede social chinesa Weibo.

Esta não foi a primeira vez que Liu se viu ligado a acusações de “conduta sexual inapropriada”. Em 2015, foi acusado de estar ligado a uma violação que aconteceu numa festa organizada na sua casa em Sidney, na Austrália, onde um dos seus convidados, Longwei Xu, foi considerado culpado de violação este ano.

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