Mais de um quarto da população mundial tem níveis insuficientes de atividade física, sendo que em Portugal são mais de 40% os adultos com níveis de atividade abaixo do que é considerado recomendado para a saúde.

Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), esta terça-feira divulgado e que será publicado na revista The Lancet, 43,4% dos portugueses praticam atividade física considerada insuficiente. Em todo o mundo são 1,4 mil milhões de pessoas que a OMS estima terem níveis insuficientes de prática de atividade física, o que as coloca em maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, demência e alguns tipos de cancro.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/atividade-fisica/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”151″ slug=”atividade-fisica” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/atividade-fisica/thumbnail?version=1523038341741&locale=pt-PT&publisher=observador.pt” mce-placeholder=”1″]

O relatório indica ainda que entre 2001 e 2016 a evolução da prática de atividade física registou poucos progressos. Os países com mais elevadas taxas de insuficiente atividade física em adultos são o Kuwait, a Arábia Saudita e o Iraque, com mais de 50% dos adultos com pouca atividade física.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Portugal atinge mais de 40% de pessoas com insuficiente atividade física, valores mais elevados que os Estados Unidos, o Reino Unido, França ou Espanha. Em termos europeus, Portugal não surge bem posicionado, com vários países a registarem níveis de insuficiente atividade física abaixo dos portugueses. Espanha, França, Holanda ou Suécia não atingem sequer os 30% de atividade física insuficiente.

Também Itália, Grécia, Polónia, Áustria e Alemanha, por exemplo, exibem melhores indicadores que Portugal. A percentagem de pessoas com atividade física insuficiente em Portugal é mais elevada nas mulheres, com 48,5%, enquanto nos homens atinge 37,5%.

Este estudo da Organização Mundial da Saúde baseou-se em níveis de atividade física reportados pelas próprias pessoas, num inquérito realizado a adultos em 168 países, englobando 1,9 milhões de participantes.