Não é segredo para ninguém que a Volkswagen já se encontra a trabalhar na 8ª geração do Golf, que pode muito bem ser apresentada já na próxima edição do Salão de Genebra. Ou seja, em Março de 2019, uns meses antes de o construtor germânico fazer outro importante lançamento, o Volkswagen I.D. Neo, o primeiro modelo da nova geração de eléctricos da casa de Wolfsburg. São dois produtos cruciais para marca, um por aquilo que representa no seu passado, outro por aquilo que é suposto representar no futuro.

Compatibilizar um e o outro – tanto mais que a própria Volkswagen já prometeu vir a comercializar o Neo ao preço de um Golf – exige uma nova estratégia para o bestseller da marca. Segundo a Autocar, isso passará por simplificar a gama, sendo altamente provável que desapareça a variante de três portas do hatchback, mas também com a carroçaria mais familiar. Sim, a carrinha Variant!

Ora, se é certo que tem havido uma tendência para diminuir a procura de modelos três portas, em relação à carrinha não é evidente que a quebra tenha sido tão acentuada, por mais que os clientes deste tipo de veículos estejam a migrar para os SUV. A confirmar-se esta opção, a única explicação que nos ocorre é que esta decisão tenha sido tomada para “puxar” pelo I.D. Neo, que se apresenta desde já como uma berlina do tamanho do Golf, mas com o espaço do Passat. Portanto, dentro da mesma bitola, com preços da mesma ordem, mas mais versátil e… eléctrico!

Ainda de acordo com a referida publicação, o facto de a nova gama eléctrica da Volkswagen estar a ganhar formas definitivas acaba por influenciar a evolução da restante gama. No caso do Golf, isso será evidente logo no design, que embora deva manter os traços gerais do MK7, vai evoluir para uma estética mais clean, em linha com a família I.D. No interior aplicar-se-á o mesmo raciocínio, com a 8ª geração do compacto alemão a trocar comandos por ecrãs tácteis.

Prometendo ser a referência no segmento em termos de espaço interior, o novo Golf vai perder peso (50 kg, graças ao recurso a materiais mais leves e a novas técnicas de construção) e incorporar a tecnologia mild hybrid que o Grupo VW já usa nos Audi A7 e A8. Um sistema eléctrico a 48V ligado ao motor a combustão, para dar mais potência ou, até mesmo, assumir as despesas da locomoção, será uma estreia neste segmento. Quanto a motorizações, os turbodiesel vão continuar entre as opções, da mesma forma que o 1.5 TSI.

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