O icónico ator norte-americano morreu esta quinta-feira, 6 de setembro, depois de ser internado de urgência com uma paragem cardíaca. Fontes próximas afirmam que morreu rodeado da família, num ambiente íntimo. Nas últimas horas, porém, foi outra “família” decidiu expressar o seu pesar pelo desaparecimento de “Bandit”, o intrépido piloto de “Smokey and the Bandit”.

Nesse filme, Reynolds contracenava com a atriz Sally Field que conheceu durante a rodagem, em 1977. O relacionamento no filme deu origem a um romance na vida real, e Burt e Sally tornaram-se num dos casais mais mediáticos, durante o final dos anos 70 e início de 80. A relação não durou mais de cinco anos, mas Reynolds disse várias vezes que Sally Field foi o amor da sua vida.

Esta quinta-feira, em comunicado citado pela revista Variety, a atriz norte-americana disse sobre Burt Reynolds: “Ele fará parte da minha história e do meu coração, enquanto eu for viva”. Embora não falassem há vários anos, Field recorda o relacionamento como “um daqueles momentos na vida que são tão inesquecíveis que nunca desaparecem, permanecem vivos, 40 anos depois”.

Inúmeras outras celebridades têm recorrido às redes sociais para se despedirem de Reynolds e, de entre todas as mensagens que já se encontram pelo Twitter ou o Instagram, as palavras “ícone” ou “herói” tem sido das mais utilizadas.

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Um dos primeiros a reagir foi Arnold Schwarzenegger, o eterno “Terminator”. No tweet que fez, o ex-governador do estado da Califórnia realçou o papel importante que Reynolds teve ao abrir caminho para que outros desportistas — como próprio Arnold — pudessem tentar a sua sorte no mundo do cinema.

Adam Sandler, que contracenou com Reynolds no remake de “The Longest Yard”, realçou a relação forte que ambos criaram nos bastidores e que o fizeram tratar Burt por “pai”.

Outro sex symbol e eterno “macho man” do imaginário hollywoodesco, David Hasselhoff, caracterizou Reynolds como “o mais divertido super-herói deste planeta”.

Danny Trejo: este nome diz-lhe alguma coisa? Basta recordar quase todos os vilões hispânicos que foram representados no cinema nas últimas décadas (Joaquim de Almeida não conta). Esse mesmo. Foi precisamente este ator de 74 anos, que contracenou com Reynolds no remake de “The Longest Yard”, a caracterizar o falecido ator como um “ícone” e um dos seus “heróis” pessoais.

Muitos especialistas em futebol americano não hesitam em dizer que Burt Reynolds passou ao lado de uma grande carreira. Na universidade rapidamente se destacou como um talento nato, mas uma lesão no joelho — que piorou por causa de um pequeno acidente de carro — obrigou-o a pôr de lado esse sonho. Contudo, nunca esqueceu a sua equipa da altura, a Florida State University, sendo um dos seus maiores adeptos. A instituição retribuiu o apoio com uma sentida homenagem via Twitter, onde partilhou fotos antigas do ator com a declaração de que se perdeu “um grande amigo”.

Mark Wahlberg, que tinha apenas 26 anos quando contracenou com Burt Reynolds em “Boogie Nights”, também relembrou o “amigo” e a “lenda” que o acompanhou nesse que terá sido um dos primeiros grandes sucessos da sua carreira.

As mensagens de condolências não se restringem à realidade norte-americana — do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, fãs do ator expressaram o seu pesar. Um deles foi Piers Morgan, o controverso jornalista britânico que o descreve como “uma verdadeira lenda de Hollywood”. O outro foi o humorista Ricky Gervais (também ele dado a controvérsias). No tweet que publicou descreve Burt como sendo alguém “caloroso” e “divertido”.

Uma das mensagens mais surpreendentes foi a do skater profissional Tony Hawk, que optou por se despedir de Reynolds com um “obrigado por todas as gargalhadas”.