O descongelamento das carreiras da função pública vai custar mais 152 milhões de euros do que estava previsto no Programa de Estabilidade que foi enviado para Bruxelas.  De acordo com o Público, que cita um comunicado emitido pelo Ministério das Finanças, o processo de descongelamento terá um impacto bruto de 542 milhões de euros nas despesas com pessoal em 2019, um valor superior ao que foi avançado em abril (389,8 milhões de euros) pelo Governo.

Além deste, o Governo conta gastar mais 105 milhões de euros em outras medidas com impacto nos salários, nomeadamente o pagamento de horas extras aos enfermeiros, a vinculação de professores, o reposicionamento na tabela salarial de assistentes operacionais e o aumento do salário mínimo, explica o mesmo jornal.

O Executivo de António Costa prevê ter ainda uma despesa de mais 111 milhões de euros com o reforço das contratações e da aplicação das 35 horas no sector da saúde. Segundo as contas do Público, ao todo, o Governo vai gastar, no próximo ano, mais 758 milhões de euros do que em 2018 com os funcionários da administração pública.

Apesar de não ter obtido respostas por parte do Ministério das Finanças relativamente à discrepância entre os números agora avançados e os enviados para Bruxelas, o Público avança com algumas explicações. De acordo com o jornal, em 2018, o impacto das despesas terá sido menor por causa dos atrasos no processo de descongelamento. Já em 2019, o aumento poderá ter a ver com o facto de os números apresentados já incluírem o ciclo de avaliação do desempenho dos trabalhadores de 2017/2018 e o seu impacto nas progressões.

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