Se for condenada por homicídio, a jovem de 23 anos que confessou ter matado a mãe com a ajuda do marido no Montijo não poderá receber a herança que motivava o desacordo com a mãe e que a terá levado a cometer o crime, escreve este domingo o Correio da Manhã.

Diana Fialho e o marido de 27 anos confessaram, na quinta-feira, terem matado Amélia Fialho, uma professora de 59 anos, com um golpe de martelo na cabeça depois de a terem drogado com medicamentos. Os dois ficaram em prisão preventiva.

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Na origem do crime estão desentendimentos antigos entre Diana e a mãe, Amélia, que ameaçou múltiplas vezes deserdar a jovem. Os três viviam juntos desde o mês passado: de acordo com o Correio da Manhã, o casal regressou a casa de Amélia para tentar assegurar a herança.

O crime aconteceu depois de uma discussão acesa. Depois de a terem drogado e matado, os jovens enrolaram o corpo de Amélia numa manta e levaram-na para uma zona de mato, onde lhe deitaram fogo. Depois, atiraram o martelo e o telemóvel de Amélia ao rio Tejo a partir da ponte Vasco da Gama, segundo a confissão às autoridades judiciais.

Porém, a herança que Diana e o marido tanto queriam e que terá sido o motivo do  crime nunca lhes deverá chegar aos bolsos. Isto porque, de acordo com o Código Civil português, qualquer pessoa que seja condenada por homicídio ou tentativa de homicídio da pessoa a cuja herança teria direito ou ao seu cônjuge perde a chamada “capacidade sucessória” — ou seja, o direito a receber a herança — por motivo de “indignidade”.

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Amélia Fialho estava desaparecida desde sábado, altura em que a filha Diana lançou um apelo no Facebook — que se viria a revelar falso — dizendo que a mãe tinha saído de casa e não tinha regressado.

O corpo foi encontrado na última quarta-feira carbonizado e “parcialmente destruído”, segundo explicou na altura a Polícia Judiciária.