O primeiro-ministro defendeu hoje que o Governo já fez aquilo lhe que competia face ao roubo de armas na base militar de Tancos e considerou que desrespeitaria a autonomia do Ministério Público se pressionasse a investigação criminal. António Costa falava aos jornalistas após ter inaugurado a nova sede da multinacional norte-americana Johnson & Johnson, no Lagoas Park, em Oeiras, cerimónia que contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do secretário de Estado para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

No domingo, em Castelo Vide, Portalegre, o presidente do PSD, Rui Rio, afirmou que o país tem de exigir ao Ministério Público que rapidamente faça a “acusação correta” no caso de Tancos, considerando o Governo “incapaz de dar mais respostas” sobre o caso.

Perante os jornalistas, António Costa demarcou-se desta posição, alegando que é preciso respeitar a autonomia da investigação a cargo do Ministério Público e defendendo a atuação do seu executivo em relação a este caso do verão do ano passado. “No que diz respeito a Tancos, o Governo já fez aquilo que tinha a fazer, que era verificar se havia ou não uma ameaça à segurança. Nas 48 horas imediatamente seguintes foi possível reunir a Unidade de Combate ao Terrorismo e a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna deu garantias de que não havia qualquer risco para a segurança interna do país”, respondeu o primeiro-ministro.

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