A Índia juntou-se, esta segunda-feira, às economias emergentes em crise, com a rupia a perder 1,3%, a bolsa de Mombai em mínimos desde março e as obrigações soberanas a recuarem para o nível mais baixo desde 2014.

De acordo com a agência financeira Bloomberg, “a Índia tornou-se no mais recente epicentro do nervosismo que está a varrer os ativos com maior risco, sobretudo as bolsas, a rupia — que perdeu 1,3% [para um novo mínimo], e as obrigações”.

Os desequilíbrios externos da economia da Índia estão a castigar a moeda indiana, sendo que os investidores estão a desfazer-se (‘sell-off’) dos ativos de maior risco. As quedas são extensivas à maior parte dos mercados emergentes, caso da Turquia, África do Sul, Brasil e da Argentina.

A Índia apresentou o maior défice externo dos últimos cinco anos (15,8 mil milhões de dólares), o que está a preocupar os investidores que receiam que o nível do défice seja incomportável e que a inflação suba, além de estarem preocupados com o aumento da dívida e da dependência face aos credores externos. O Governo indiano já pediu ao banco central da Índia para intervir no sentido de estabilizar a moeda, que este ano já se depreciou 11,6% em relação ao dólar.

A agitação nos mercados emergentes, caso da Turquia, África do Sul, Argentina e mesmo da Rússia — em que o rublo tem sido penalizado -, está a deixar os investidores apreensivos, segundo a agência financeira Bloomberg, pois a escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China com a aplicação de novas taxas alfandegárias a este país poderá aumentar ainda mais as tensões globais.

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