Morreu esta segunda-feira, com apenas 19 anos, William Gomis, antigo defesa central do Saint-Etienne, na sequência de um tiroteio com armas AK-47 em la Seyne-sur-Mer. O diário francês L’Équipe avança que a polícia francesa encara o acidente como um acerto de contas num cenário de tráfico de drogas. Além de Gomis, há ainda uma segunda vítima mortal, um adolescente de 14 anos.

O próprio clube francês confirmou a morte do jogador num comunicado onde revela que “os dirigentes, treinadores, jogadores e funcionários do clube estão profundamente afetados pela morte súbita de William e deixam as suas mais profundas condolências à família”.

Ainda não são conhecidas as circunstâncias em que aconteceu o tiroteio. A imprensa local dá conta de que não se conhece, para já, a identidade dos atiradores e que a polícia encontrou 24 cartuchos de AK-47 na cena do crime.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A morte de William Gomis acontece apenas algumas semanas depois de outra tragédia ter abalado a sua família: também o irmão do jogador foi assassinado a tiro.

Gomis integrou a formação do Saint-Etienne mas, em cinco anos com a camisola do clube, nunca conseguiu estrear-se pela equipa principal. Fez carreira na equipa B, onde atuou em 18 jogos na última temporada, usando a braçadeira de capitão em muitas delas. No mesmo comunicado, o clube francês elogiou as qualidades do jogador, “defesa sólido e hábil”, que “contribuiu, na temporada 2017/18 para a ascensão da equipa B para a segunda divisão”.

Os companheiros de equipa de Gomis têm prestado a sua homenagem ao jogador nas redes sociais, como foi o caso de Anthony Maisonnial, que disse estar “chocado mas, sobretudo, triste”. “Quando fui chamado naquela noite para receber a notícia, pensei que fosse um pesadelo. Todos os nossos momentos e alegrias que passámos juntos irão permanecer para sempre na minha memória. Hoje, meu irmão, partiste para a grande viagem. As minhas orações vão contigo”, disse ainda.