O Montepio ainda só recebeu 91 mil euros dos 48 milhões de euros que o seu presidente esperava receber de um conjunto de instituições da economia social. A três meses das eleições para a Associação Mutualista do Montepio Geral, o Público revela, na edição desta quarta-feira, que estes valores estão também muito longe dos 200 milhões de euros que a Santa Casa chegou a anunciar querer investir  no Montepio depois de uma parceria assinada em junho.

Destes 91 mil euros que o Montepio já recebeu, 75 mil euros vieram da Santa Casa, um valor aquém do prometido pelo seu dirigente, Edmundo Martinho, que falava em injetar 200 milhões de euros na Associação Mutualista. Um valor que levantou muitas críticas e que acabaria por descer para os 18 milhões de euros para não expor a Santa Casa a um setor de risco tão elevado. A União das Misericórdias contribuiu com cerca de 5 mil euros e 11 outras instituições particulares de solidariedade social com cerca de 11 mil euros. Aquando a parceria, também era suposto existirem mais instituições público-privadas a participar.

O presidente da associação mutualista Montepio, Tomás Correia, tem vindo a defender a criação de um banco de economia social para ajudar o país nas decisões estratégicas de investimento nas pequenas e médias empresas — numa altura em entidades estrangeiras dominam a banca e as seguradoras. Em junho o responsável fez uma parceria com uma série de instituições e anunciou que esperava que até final de 2018 o Montepio recebesse 48 milhões de euros dos parceiros. Mas já no último trimestre do ano o valor recebido está aquém do esperado.

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