O Novo Banco vendeu a totalidade do capital social da GNB — Companhia de Seguros de Vida à norte-americana Bankers Insurance Holdings por 190 milhões de euros, continuando a distribuir estes seguros, anunciou o banco em comunicado.

O Novo Banco, S.A. informa que “celebrou com a Bankers Insurance Holdings, S.A. uma sociedade do grupo Global Bankers Insurance Group, LLC (“Global Bankers”), um contrato de compra e venda da totalidade do capital social da GNB — Companhia de Seguros de Vida, S.A. (“GNB Vida”), por um montante total de 190 milhões de euros, (sujeito aos normais ajustamentos no fecho da transação) e acrescido de um montante variável em função da performance”, refere em comunicado.

Na mesma nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco informa que esta operação inclui ainda a celebração entre a instituição financeira e a GNB Vida de um contrato de distribuição de produtos de seguros vida em Portugal, por um período de 20 anos.

“A seleção da Global Bankers como comprador da nossa operação de seguros vida e como nosso parceiro na distribuição de seguros financeiros, foi feita através de um processo competitivo aberto e transparente. Com a entrada deste novo parceiro, asseguramos um aumento da capacidade seguradora e damos um passo decisivo no redesenho da oferta para os nossos clientes”, afirma o presidente do Novo Banco, António Ramalho, numa nota de imprensa.

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A notícia é conhecida no mesmo dia em que a Bloomberg noticia o interesse do fundo americano Apollo em vender a Tranquilidade que era a seguradora do Grupo Espírito Santo quando se deu o colapso do Banco Espírito Santo. A Tranquilidade foi um dos primeiros ativos do antigo BES a ser vendido, uma operação finalizada em 2015 que envolveu uma recapitalização de 150 milhões de euros. A Apollo foi um dos candidatos à compra do Novo Banco, mas perdeu para a Lone Star.

A concretização da operação de compra e venda da GNB Vida encontra-se dependente da verificação de diversas condições, incluindo a obtenção das autorizações regulatórias necessárias.

“A conclusão da transação nos termos ora acordados deverá ter um impacto neutro em resultados e um impacto positivo no rácio de capital Common Equity Tier 1 do Novo Banco [uma das medidas que avalia a solidez de um banco]”, acrescenta no comunicado. Tal como já tinha sido anunciado, esta transação, lembra a instituição, “representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco”, prosseguindo o banco a estratégia “de foco no negócio bancário”.

Em 14 de agosto, foi anunciado que a GNB Seguros Vida (antiga BES Vida) registou lucros de 2,7 milhões de euros no primeiro semestre, menos 49,8% do que no período homólogo.