Antes mesmo antes do Salão de Paris, a Mercedes revela a nova geração do GLE, agora montado sobre a plataforma MHA, uma arquitectura derivada da base MRA que já se encontra nos actuais sedãs das classes C, E e S.

Beneficiando desde logo de uma maior distância entre eixos (2,99 m, aumenta 8 cm), o SUV alemão promete oferecer maior habitabilidade e conforto a bordo, onde podem viajar até sete pessoas, sendo que a terceira fila de bancos destaca-se das demais por adoptar um acabamento dos assentos numa única cor. A volumetria da bagageira cresce para os 825 litros, numa disposição de cinco lugares, mas pode alcançar os 2.055 litros com o rebatimento dos bancos.

Por fora, aquilo que mais salta à vista é o facto de o GLE parecer mais pequeno, embora seja maior. E isso decorre, essencialmente, da adopção de linhas mais arredondadas a que se juntam faróis de uma dimensão contida, em formato amendoado. Ainda à frente, outra das diferenças vai para a grelha, agora desprovida de moldura externa, limitando-se a duas barras horizontais interrompidas pela estrela de três pontas.

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Vista de perfil, a segunda geração do GLE (quarta, se contabilizarmos o ML320 de 1998 e o seu sucessor) continua a não prescindir de um pilar C bem projectado para a frente, com os pequenos vidros laterais traseiros a darem a impressão de estarmos perante um SUV de dimensões mais compactas.

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Atrás, as principais alterações recaem nos farolins, cujo novo desenho confere à traseira uma estética mais clean e menos “pesada” que o modelo que ainda se encontra à venda.

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Quanto ao interior, a evolução é notória. Mantém-se, claro, o requinte em termos de materiais e de acabamentos, mas aquilo que se evidencia mal se entra a bordo é o enorme painel digital que, na prática, resulta de dois ecrãs aqui em contínuo – um para o painel de instrumentos, o outro para o sistema de entretenimento MBUX que, segundo a Mercedes, até tem inteligência artificial, podendo obedecer aos mais variados comandos de voz.

No capítulo técnico, a maior novidade reside no facto de a Mercedes ter dotado o GLE com o E-Active Body Control, sistema de suspensão pneumática que regula a suspensão de cada roda de forma independente, optimizando a performance do conjunto.

Embora lá mais para a frente esteja prevista a introdução de versões diesel e uma variante híbrida plug-in, quando chegar ao mercado – algures no decorrer do próximo ano – o novo GLE vai apresentar-se apenas com uma opção sob o capot. O GLE 450 4MATIC monta um propulsor turbo de 6 cilindros com 367 cv de potência e 500 Nm de binário, que funciona em conjunto com um sistema mild hybrid de 48 volts, acoplado a uma transmissão automática de nove velocidades.  Além do sistema de tração integral permitir uma maior variação de torque entre os eixos, pelo facto de a caixa de transferências ter uma embraiagem de múltiplos discos banhados a óleo, esta versão do GLE pode usufruir momentaneamente de mais 22 cv e 250 Nm, graças ao sistema eléctrico a 48V.