A nova marca de performance eléctrica do Volvo Car Group ainda não avançou onde se localizará o seu primeiro showroom, prometendo que o fará em breve. Mas já levantou a ponta do véu acerca daquilo que os clientes podem esperar: os espaços físicos da Polestar serão tudo menos convencionais. Tão fora do normal que quem lá trabalhar não terá a pressão de vender carros… Mas já lá vamos.

Segundo o CEO da recém-criada marca, Thomas Ingenlath, o objectivo passa por ter “cerca de 60 lojas em todo o mundo que servirão de apoio aos mercados-chave”. Isto até 2025, depois o plano passa por abrir mais espaços, mas apenas e só à medida que a nova insígnia da Volvo for progredindo e conquistando clientes. Até lá, a estratégia consiste basicamente em implantar showrooms “em grandes cidades”, preferencialmente “acompanhados por outras marcas inovadoras”. Uma lógica que aponta para um posicionamento próximo de uma clientela urbana e com interesse nas novas tecnologias.

Mas, por aquilo que se lê na nota enviada à imprensa, a Polestar ainda não tem as ideias muito bem “arrumadas” no que toca à ligação com os clientes, pois ao mesmo tempo que se afirma como “uma marca totalmente digital”, reconhece que precisa de espaços físicos para contactar directamente com os clientes, permitindo-lhes “interagir com especialistas de produto, conhecer a engenharia e, claro, realizar um test-drive. Mas não passa disso, pois as vendas serão exclusivamente online.

Queremos que uma visita a um showroom Polestar seja uma experiência completamente diferente daquelas a que os clientes estão habituados. O nosso objetivo será surpreendê-los. Uma vez que os automóveis serão encomendados online, no espaço Polestar os clientes não serão pressionados para assinar um contrato”, esclarece Thomas Ingenlath.

É, de facto, uma abordagem nova e surpreendente. Afinal, lembrará a alguém fazer um test-drive depois de já ter encomendado o carro? Por outro lado, convenhamos que não será difícil os clientes ficarem espantados se quiserem adquirir um determinado modelo, depois de experimentarem o veículo, e forem informados que para tal têm de submeter a encomenda através da Internet.

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Em contrapartida, fica desde já promessa de que os futuros espaços da Polestar vão oferecer ao cliente uma experiência “semelhante a uma galeria de arte”. Faz sentido: numa galeria de arte não se vendem carros. A intenção será, antes, admirar. O quê? “Componentes como as rodas ou as secções em fibra de carbono irão estar expostos e serão, por si só, capazes de exibir o seu design inimitável. Os acabamentos, as cores ou os estofos serão também apresentados num contexto único”, antecipa a Polestar.

Polestar 1 vai custar (em Portugal) 150.000€

Recorde-se que, de momento, a Polestar tem apenas um modelo, o 1, disponível já para encomenda, embora comece a ser produzido apenas em meados do próximo ano.