A Roscosmos (agência espacial russa) vai lançar uma investigação para descobrir as causas que estiveram na origem da fuga de ar encontrada há duas semanas numa nave espacial Soyuz ancorada na Estação Espacial Internacional.

De acordo com um comunicado conjunto da NASA e da Roscosmos divulgado esta quinta-feira, os líderes das duas agências espaciais tiveram uma reunião por teleconferência na quarta-feira para discutir o incidente.

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“Dmitry Rogozin [diretor-geral da Roscosmos] informou o seu homólogo americano da decisão da Roscosmos de estabelecer uma comissão liderada pela Roscosmos para investigar a causa da fuga na nave espacial Soyuz (MS-09/55S) atualmente ancorada na estação”, lê-se no comunicado.

Os dois responsáveis discutiram ainda os rumores que circulam na imprensa sobre as causas — nomeadamente a teoria de que poderá ter sido sabotagem ou um acidente provocado por mão humana — e optaram por adiar “quaisquer conclusões preliminares” ou esclarecimentos para depois da conclusão da investigação.

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Dmitry Rogozin e o administrador da NASA, Jim Bridenstine, sublinharam ainda “a necessidade de uma interação mais próxima entre as equipas técnicas da NASA e da Roscosmos” na identificação das causas da fuga.

A investigação russa será apoiada pela NASA, que continuará as operações normais na Estação Espacial Internacional.

Da reunião virtual resultou também a decisão de os dois líderes se encontrarem pessoalmente no próximo mês, por volta do dia 10 de outubro, no cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão, numa altura em que o administrador da NASA vai visitar a Rússia e o Cazaquistão.