Foi Frank Welsch, o responsável pela Investigação e Desenvolvimento na Volkswagen que largou a bomba, ao anunciar logo no início do ano que o actual Carocha não iria ter sucessor. Agora, passados uns meses, a marca alemã deixa escapar que a morte do popular modelo está eminente e, mais do que isso, agendada algures para o próximo ano.

O Carocha, Fusca ou Beetle foi o modelo que fez nascer a Volkswagen e, de início, era oficialmente conhecido como o Type 1. Foi construído de 1938 a 2003, na última fase apenas no México e para o mercado local. Em 1997, a Volkswagen lançou o New Beetle, destinado prioritariamente a mercados como o americano e nada adaptado ao mercado europeu, com motores grandes em capacidade e consumos, e pequenos em potência. Para cúmulo, o modelo era muito fraco em habitabilidade e a mala era quase inexistente, o que não facilitou a sua aceitação na Europa.

Foi necessário esperar 14 anos para que a Volkswagen decidisse lançar uma nova geração, agora denominada apenas Beetle, que felizmente resolveu os maiores defeitos do modelo anterior, surgindo mais atraente, mais habitável e com motores mais adaptados. Mas demasiado caro, fruto de ser fabricado em La Puebla, no México.

Mas a morte do Beetle não significa que não venha a renascer das cinzas. Não com a mesma filosofia, mas sim com a forma que sempre deverá ter assumido, uma berlina mais habitável de quatro portas, ainda assim a respeitar a linha geral do Carocha. O que só possível se deixar de recorrer à plataforma do Golf.

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Carocha vai voltar. Eléctrico e… com quatro portas

E é exactamente isso que vai acontecer, uma vez que o futuro Beetle vai recorrer à plataforma MEB, dos eléctricos da Volkswagen, o que lhe permite optimizar o espaço interior sem fazer crescer excessivamente o modelo. O Beetle eléctrico não foi ainda anunciado pelo fabricante alemão, mas também não foi negado e depois da marca ter decidido que o segundo modelo da nova gama eléctrica a colocar no mercado será o I.D. Buzz, sucessor do Pão de Forma, de nome oficial Type 2, não faz qualquer sentido deixar de fora o Type 1. Sobretudo porque pode utilizar a mesma plataforma, suspensões, mecânica e bateria. É pois possível que se o Beetle nunca conseguiu fazer frente ao Mini, com motor a combustão, seja finalmente capaz de se bater com o modelo inglês com a adopção das motorizações eléctricas.