A primeira apresentação realizada a bordo de um avião de carga terminou tão depressa como começou. Em apenas cinco dias, um avião da Lufthansa visitou quatro cidades, em três continentes, tudo para mostrar o iNext a um grupo de 300 jornalistas. Partindo de Munique, o aparelho voou rumo a Nova Iorque, de onde seguiu para São Francisco e Pequim, antes de regressar a Munique.

Sobre o iNext já aqui falámos e mesmo depois da apresentação não há muito mais para adiantar, uma vez que se trata apenas de um exercício de estilo, para testar as águas, que é como quem diz, a opinião dos potenciais compradores.

Assumidamente, o iNext vai servir de base para o futuro iX5 e não verá a luz do dia antes de 2021. Mas talvez para compensar os presentes, pela falta de “sumo” no que respeita à informação, directamente ligada ao iNext, a BMW aproveitou para arejar mais uma séries de informações relativas a outras marcas do grupo e à produção de baterias.

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Para começar, confirmou que o primeiro eléctrico do grupo BMW vai ser o Mini BEV (de Battery Electric Vehicle), com carroçaria de três portas, que chegará ao mercado em 2019. O segundo será o BMW iX3, previsto para 2020, com o terceiro veículo eléctrico alimentado por bateria da nova gama a ser o i4, uma berlina derivada do protótipo iVision Dynamics. A estes três modelos 100% eléctricos seguir-se-ão outros nove, uma vez que o grupo promete ter cá fora 12 veículos eléctricos até 2025.

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Bem mais interessantes foram as revelações em torno da produção dos packs de baterias, que até agora a BMW fabricava com base em células cilíndricas fornecidas pela Samsung. Isto vai acabar, uma vez que os alemães contrataram os chineses da CATL para produzir células para o grupo germânico, ainda que afirmem que o design e especificações das células são seus. O que lhe permitirá até recorrer a outros fabricantes, em caso de necessidade, estratégica ou não.

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Como a BMW decidiu reduzir custos, utilizando a mesma plataforma para modelos eléctricos e com motor de combustão, o construtor sente necessidade de utilizar dois tipos de células, umas mais altas para os SUV, que têm mais espaço para alojar packs de baterias mais volumosos, e outras mais baixas, para as berlinas e utilitários. Contudo, ambas serão rectangulares, em vez das cilíndricas utilizadas pela esmagadora maioria dos fabricantes, BMW incluída.