A Amazon está a investigar denúncias de que alguns funcionários da empresa, sobretudo na China, terão sido pagos para fornecer informações confidenciais sobre vendas a empresas de terceiros, avançou o The Wall Street Journal esta segunda-feira.

Segundo jornal norte-americano, que citou vendedores, corretores e pessoas ligadas à investigação, alguns funcionários da plataforma de comércio online terão fornecido dados internos de vendas e de pesquisa, através de intermediários, a comerciantes que vendem os seus produtos no site. O objetivo seria ajudar esses comerciantes a aumentar as suas vendas, fazendo com que os seus produtos surgissem mais no topo dos resultados de pesquisa e, desta forma, atraindo um maior número de clientes.

Além do pagamento por dados (de venda e endereços de revisores), os funcionários terão também desenvolvido um serviço para excluir críticas negativas e restaurar contas que foram banidas da Amazon, um problema que a empresa disse estar a combater desde junho.

A Amazon — que este mês se tornou na segunda empresa norte-americana a valer 1 bilião de dólares — confirmou, em declarações à Agência France-Presse, que iniciou uma “investigação completa” em maio, depois de ter recebido um conjunto de denúncias de que este problema estava a ter lugar na China. “Mantemos com os nossos funcionários um alto padrão ético e qualquer pessoa que viole o nosso código enfrenta punições, incluindo a demissão e consequências legais e penais”, disse um porta-voz da empresa.

Além disso, temos zero tolerância para o abuso dos nossos sistemas e, se encontrarmos agentes mal-intencionados envolvidos neste comportamento, tomaremos medidas rápidas contra eles, inclusive rescindir as suas contas de venda, reter fundos e aplicar medidas legais”, acrescentou a Amazon.

Segundo o The Wall Street Journal, que citou o exemplo de intermediários em Shenzhen, na China, os pagamentos pela informação fornecida variavam entre os 80 e os 2.000 dólares (entre os 68 e os 1714 euros).

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