O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, instou segunda-feira a Comunidade Internacional a atuar para evitar que a Venezuela se transforme num “Ruanda”, onde, em 1994, quase um milhão de pessoas foram assassinadas.
“Com efeito, a responsabilidade de proteger consiste em evitar que aconteça. Não devemos esperar a que a Venezuela seja [um] Ruanda. Há que evitar que seja [um] Ruanda”, escreveu na sua conta do Twitter.
En efecto, la responsabilidad de proteger consiste en evitar que suceda. No debemos esperar a q Venezuela sea Ruanda, hay que evitar que sea Ruanda. Y ya son millones las personas asesinadas, torturadas, desplazadas en Venezuela. La responsabilidad d proteger no es contar muertos https://t.co/onq1h1VxAl
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) September 17, 2018
Almagro sublinhou ainda que “já são milhões de pessoas assassinadas, torturadas, deslocadas na Venezuela” e que “a responsabilidade é proteger, não é contar mortos”.
Na passada sexta-feira, durante uma visita à Colômbia, Luís Almagro disse que não se deve descartar uma intervenção militar contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro e insistiu que os venezuelanos precisam de ajuda humanitária.
“Quanto a uma intervenção militar para derrubar o Governo de Nicolás Maduro, acho que não devemos descartar nenhuma opção”, disse Luís Almagro, acusando o regime venezuelano de cometer “crimes contra a humanidade” e de provocar o sofrimento da própria população.
Luís Almagro falava aos jornalistas na cidade de Cúcuta (fronteiriça com a Venezuela e primeiro ponto de chegada dos venezuelanos), onde se deslocou para contactar com migrantes e analisar a crise.
“A comunidade internacional tem que dar uma resposta a isto. A comunidade internacional é responsável e não pode permitir uma ditadura na Venezuela. Uma ditadura que afeta a estabilidade de toda a região, a partir do narcotráfico, a partir do crime organizado, a partir da profunda crise humanitária que criou”, disse.