O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse esta quarta-feira que o Governo duplicou, em dois anos, as verbas destinadas aos projetos de proteção da natureza, alcançando em 2018 os 8,4 milhões de euros.

“Em dois anos, duplicamos o valor dos apoios dados a projetos de conservação da natureza. Isso faz com que o Fundo Ambiental seja, cada vez mais, um instrumento de apoio a este tipo de atividades”, afirmou.

Falando aos jornalistas em Paredes, onde assistiu esta quarta-feira à cerimónia de celebração de protocolos de financiamento de 16 projetos ambientais, no valor global de cerca de um milhão de euros, desenvolvidos por autarquias, associações de municípios e organizações não governamentais de vários pontos do país, o ministro destacou o papel daqueles parceiros na estratégia de proteção ambiental.

“Há uma estratégia clara para a conservação da natureza e para a biodiversidade no país construída com grande consenso e liderada pelo Governo. O Instituto de Conservação da Natureza (ICN) é quem tem essa responsabilidade, mas não é possível que essa responsabilidade esteja apenas, mesmo do ponto de vista das ações concretas, nas mãos desse instituto público. Por isso, o papel das autarquias e das ONG do ambiente é da maior importância para concretizar esses projetos”, comentou.

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Parque das Serras do Porto, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Liga para a Proteção da Natureza, Quercus, Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve, GEOTA, Associação de Municípios da Região de Setúbal, Palombar e Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega foram as entidades que hoje celebraram os protocolos de financiamento.

Um dos projetos contemplados na assinatura dos protocolos esta quarta-feira, no valor de 100 mil euros, a promover pelo Parque das Serras do Porto, prevê ações de desinfestação de plantas invasoras naquele território, com cerca de seis mil hectares. O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, sublinhou aos jornalistas que o projeto vai permitir complementar a estratégia de ação que já existe para o parque, nomeadamente os estudos de caracterização da flora, fauna e o património histórico do Parque das Serras dos Porto que estão a ser financiado com verbas dos três municípios, cada um com 50 mil euros por ano.

“Neste parque há manchas com floresta nobre, mas também há manchas com invasoras. Este fundo vai permitir começar por erradicar e dar formação às pessoas para a reflorestação com espécies que interessam aos parques”, afirmou.