Os 13 reclusos da cadeia de Monsanto que iniciaram na segunda-feira uma greve de fome contra as condições prisionais, permaneciam em protesto, tendo os serviços prisionais informado que o seu estado de saúde está devidamente controlado.

“A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) informa que os 13 reclusos se mantêm em greve de fome e que o seu estado de saúde se apresenta dentro de parâmetros normais. Mais se informa que os reclusos já foram individualmente ouvidos pelos técnicos de educação que os seguem, estando a situação a ser acompanhada e avaliada”, comunicou a DGRSP, em resposta à agência Lusa.

Na segunda-feira, a DGRSP confirmou à Lusa que 13 reclusos do Estabelecimento Prisional de Monsanto, em Lisboa, preencheram naquele dia o boletim de greve de fome, alegando “estar em protesto contra a má qualidade da alimentação e da assistência médica prestada sem que precisem os aspetos em que esta falta de qualidade se materializa”.

Na altura, a DGRSP acrescentou que os reclusos também reclamam contra o isolamento (demasiadas horas nas celas), mas explicou que este isolamento está “subjacente ao regime prisional próprio de um estabelecimento de segurança máxima”.

“Como decorre do legalmente previsto, estes reclusos, que iniciaram a greve de fome, estão a ter o acompanhamento clínico” previsto na lei, assegurou então a DGRSP.

Entretanto, fonte ligada aos reclusos em greve da fome indicou à Lusa que o protesto prende-se com várias questões: “Há quatro meses, que os reclusos estão sem actividades, a alimentação continua a ser um problema, os serviços clínicos são praticamente inexistentes e após a alteração dos turnos, tudo tem sofrido alterações prejudiciais para os reclusos”.

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