A Mazda é, de longe, o fabricante que mais seriamente apostou nos motores rotativos, assumindo-se como fã das suas vantagens. São mais simples, compactos, garantem mais explosões por rotação da cambota e atingem alta rotação com uma alegria nunca vista num motor com pistões de movimento alternado. Têm também algumas limitações, mas a Mazda está nitidamente a pensar mais no copo meio cheio do que no meio vazio.

O tema dos motores rotativos regressa agora porque, a 19 de Setembro, a Direcção Japonesa de Patentes tornou público um registo da Mazda, em que a marca nipónica patenteou um motor rotativo, muito pequeno e com apenas um rotor, destinado a actuar como extensor de autonomia de um veículo eléctrico a bateria, basicamente agindo como gerador de corrente eléctrica.

Apesar de todas as vantagens dos motores rotativos, conhecidos como Wankel, esta solução tem alguns problemas técnicos que têm justificado o facto de ninguém os utilizar. As dificuldades concentram-se ao nível da selagem das câmaras, o que torna difícil evitar que o óleo que lubrifica o rotor entre para a câmara de combustão e seja queimado juntamente com a gasolina, incrementando as emissões tóxicas.

Mas é exactamente aqui que entra a criatividade e o saber dos técnicos da Mazda, que acreditam ter conseguido ultrapassar estas deficiências do Wankel. E, tanto quanto parece, a Mazda já tem debaixo de olho um modelo onde vai aplicar este extensor de autonomia. Será necessariamente compacto e, se bem que possa igualmente destinar-se ao mercado europeu, vai certamente representar a marca nos EUA, onde a solução range extender é bastante mais popular. Até lá, veja aqui como funciona o motor rotativo:

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