A UGT volta esta sexta-feira à atividade sindical com a aprovação da política de rendimentos para 2019, que deverá incluir um aumento dos salários entre os 3 e os 4% e outras medidas para melhorar o rendimento das famílias.

O documento reivindicativo da UGT vai ser aprovado pelo Secretariado Nacional da central, na sua primeira reunião após as férias, e tem como objetivo definir a ação da central e dos seus sindicatos para o próximo ano, assim como as medidas que considera prioritárias em termos de Orçamento do Estado (OE).

O secretário geral da UGT, Carlos Silva, disse à agência Lusa que o importante é que o OE para 2019 inclua medidas que valorizem o trabalho e os rendimentos das famílias, com aumentos salariais e redução de impostos. “Nós vamos continuar a defender a necessidade de aumento dos salários e das pensões, tanto no setor público como no privado”, disse Carlos Silva, acrescentando que o referencial poderá ser fixado entre os 3 e os 4%.

O sindicalista defendeu que o Estado deve interferir na economia para pôr fim às “injustiças gritantes que existem no setor privado em consequência das grandes discrepâncias salariais”.

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O secretário-geral da UGT salientou que “as pessoas estão fartas de austeridade” e que, por isso, o Governo tem de promover uma nova política de rendimentos para os trabalhadores portugueses, em particular para os funcionários da administração pública, sem aumentos há 10 anos. A par dos aumentos dos salários dos funcionários públicos, o sindicalista pretende que o OE 2019 resolva o problema que tem levado à contestação dos professores, a contagem integral do tempo de serviço para efeitos de progressão após o descongelamento de carreiras.

O fim da política de cativações de verbas necessárias ao normal funcionamento de serviços públicos e a redução as despesas com as parcerias público-privadas (PPP) são outras das reivindicações da UGT. A proposta de política de rendimentos da UGT deverá ainda reivindicar medidas na área da fiscalidade que contribuam para a melhoria dos rendimentos dos portugueses, nomeadamente a alteração de escalões do IRS.

A UGT defende ainda a necessidade de medidas que valorizem o interior do país, que contribuam para a fixação de empresas criadoras de emprego, nomeadamente benefícios fiscais, ao nível do IRS e do IRC.