Hong Kong inaugurou este sábado uma nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China, que irá reduzir consideravelmente o tempo de viagem entre os dois territórios, sendo que parte da estação fica sob jurisdição chinesa.

As novas infraestruturas custaram cerca de 10 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros), demoraram mais de oito anos a serem finalizadas e as autoridades estimam transportar diariamente mais de 80.000 passageiros entre o centro financeiro asiático de sete milhões de habitantes e o centro industrial vizinho da província de Guangdong.

O comboio vai de Hong Kong para Shenzhen em apenas 14 minutos, sendo que o anterior demorava quase uma hora a percorrer os 26 quilómetros que separam os dois territórios. Já para a capital de Guangdong, Guangzhou, os passageiros vão demorar pouco mais de meia hora, cerca de 90 minutos mais rápido que o anterior.

Em junho, o Governo de Hong Kong aprovou uma lei onde permite a cedência de jurisdição do novo terminal de West Kowloon para Pequim, que pode realizar controlos de imigração e alfândega no terminal de Hong Kong.

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Esta decisão provocou críticas por parte da oposição pró democrática da região especial administrativa que argumentou que a medida é uma violação da Lei Básica.

A transferência da soberania britânica de Hong Kong para a China ocorreu a 01 de julho de 1997. Pequim garantiu, tal como em Macau, o princípio “um país, dois sistemas”, um período de transição de 50 anos durante o qual o território manterá uma autonomia alargada, gozando de liberdade de expressão e poder judicial independente.

Trinta e cinco dos 70 lugares no Conselho Legislativo de Hong Kong são eleitos através de sufrágio universal, enquanto os restantes são diretamente designados por grupos de poder, muitos deles considerados próximos de Pequim.