Os taxistas reunidos em protesto pelo quarto dia consecutivo vão manter a paralisação — depois de uma reunião este sábado com o chefe da Casa Civil do Presidente da República — e querem a rápida intervenção do primeiro-ministro.

Depois de ter sido recebida em Belém, a delegação de representantes dos taxistas, encabeçada pelos presidentes da ANTRAL e da Federação Nacional do Táxi, Florêncio de Almeida e Carlos Ramos, respetivamente, entregou uma carta no gabinete do primeiro-ministro no Terreiro do Paço, em Lisboa, a pedir uma intervenção com urgência para resolver as suas reivindicações.

Os líderes das associações comunicaram depois aos seus associados concentrados nos Restauradores, em Lisboa, o resultado do encontro com o chefe da Casa Civil do Presidente da República e a continuação do protesto “até que haja uma solução”.

À agência Lusa, Carlos Ramos explicou que é necessária uma intervenção urgente do primeiro-ministro, António Costa, e afirmou não quererem a participação nem do ministro nem do secretário de Estado do Ambiente, porque estes dois governantes “são o problema e não a solução”.

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As associações de taxistas que este sábado foram recebidas no Palácio de Belém não fizeram declarações no final, remetendo-as para um momento posterior, o que aconteceu depois na Praça dos Restauradores.

A reunião com o chefe da Casa Civil do Presidente da República durou cerca de 50 minutos e no final os taxistas, que chegaram a Belém em táxis escoltados pela polícia, disseram aos jornalistas que qualquer declaração só após comunicarem aos restantes taxistas o resultado do encontro.

Os taxistas estão em protesto desde quarta-feira, com concentrações em Lisboa, Porto e Faro, contra a entrada em vigor, a um de novembro, da lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados que operam em Portugal que nesta momento são a Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.