As temperaturas médias registadas nas cidades da Europa estão a aumentar. Os países nórdicos são os mais afetados, enquanto as cidades portuguesas figuram no fundo da tabela. A conclusão é de um estudo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF) que analisou as temperaturas médias diárias registadas em 588 cidades desde 1900, dados que foram recolhidos pela European Data Journalism Network (EDJnet).
The massive pan-European collaborative investigation run by @EdjNet members and led by @jplusplus_ & @nicolaskb on the rising of temperature in 558 cities in #Europe is now available in 7 languages! #Europe1CWarmer #ddj #GlobalWarminghttps://t.co/DajJKKIjgM pic.twitter.com/hKBXfIXIKQ
— VoxEurop (@VoxEurop) September 24, 2018
A cidade que mais aqueceu em comparação ao século passado foi Kiruna, na Suécia, que registou uma aumento da temperatura média de 3,35 graus Celsius. A Suécia é o país mais afetado, com cinco das suas cidades entre as dez onde a temperatura média mais subiu — além de Kiruna, figuram Östersund (+2,72 graus), Sundsvall (+2,69), Skellefteå (+2,53) e å (+2,48).
A Finlândia surge em segundo entre os mais afetados com quatro cidades no topo do ranking — Lappeerante (+2,95), Kouvola (+2,93), Joensuu (+2,77) e Vaasa (+2,48). A lista fica completa com Fredrikstad, na Noruega, onde a temperatura média aumentou respetivamente 2,97 graus Celsius.
No extremo oposto do ranking surge Portugal, com cinco das 12 cidades analisadas entre as com menor aumento. Irlanda (com Limerick, Galway e Waterford), Reino Unido (Derry City & Strabane) e o norte de Espanha (Vigo) completam a lista.
Em Portugal, a maior subida ocorreu em Évora (+0,77), Lisboa (+0,72) e Coimbra (+0,69). Foram também analisadas Beja (+0,62), Vila Nova de Gaia (+0,59), Funchal (+0,42), Faro (+0,40), Aveiro (+0,26) e Sintra (+0,25). Os menores aumentos aconteceram em Matosinhos (+0,23), Setúbal (+0,15) e Ponta Delgada (+0,05).
O estudo do ECMWF permitiu ainda apurar que o número de dias quentes por ano aumentou. Na maioria das cidades analisadas (540), o aumento foi, em média, de três dias. A tendência inversa foi registada em apenas 18 locais, entre os quais Évora e Beja que perderam dois dias quentes.
Pelo contrário, o número de dias frios por ano diminuiu. A média passou de 33 para 25 dias por ano.