O Estado angolano está atualmente a pagar pensões a 167 mil ex-militares, viúvas e órfãos de antigos combatentes, mas indicou estar em curso um novo processo de certificação de prova de vida, noticiou a imprensa local.

Numa reunião com ex-militares, em Ndalatando, capital da província angolana do Cuanza Norte, o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos Liberdade, destacou que a certificação da prova de vida dos pensionistas e a homologação dos processos pendentes vai garantir a inserção de um maior número de beneficiários na caixa de proteção social.

João Ernesto Liberdade defendeu igualmente o envolvimento massivo dos antigos combatentes em projectos sociais, sobretudo em cooperativas agrícolas e negócios, visando assegurar a própria subsistência e dos seus dependentes, face o valor exíguo de 23 mil kwanzas (67 euros) da pensão que auferem mensalmente. A este propósito, os veteranos defenderam, no encontro, o aumento da pensão para 50 mil kwanzas (147 euros), uma vez que consideram que o atual valor é “incompatível” com o atual custo de vida.

Na ocasião, o diretor do gabinete provincial do Cuanza Norte dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Guilherme Sebastião Neto, que apresentou a preocupação dos dependentes, disse constar ainda das inquietações a subvenção do pagamento de energia elétrica e água potável, distribuição de ‘kits’ profissionais para o fomento do autoemprego, apoio técnico e meios mecanizados para a produção agrícola.

O responsável referiu que o gabinete dos antigos combatentes e veteranos da pátria no Cuanza Norte controla atualmente 1.723 dependentes, entre os quais ex-militares, deficientes físicos, viúvas e órfãos. Dos beneficiários da instituição, referiu, constam ainda 563 antigos combatentes reintegrados na vida social, 497 deles a laborarem na função pública, enquanto 342 órfãos e filhos contam com apoios para a formação académica, sendo 30 contemplados com bolsas de estudo internas no ensino superior.

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