A transportadora aérea Ryanair anunciou ter chegado a acordo para o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) em Itália com três sindicatos de tripulantes de cabine, o FIT CISL, ANPAC e ANPAV.

Em comunicado, a companhia aérea de baixo custo referiu que o acordo para o CCT “cobrirá todos os tripulantes de cabina da Ryanair com base em Itália a partir de 01 de outubro de 2018”.

Segundo a empresa, o contrato será válido por três anos, vai estar “sob a lei e tribunais italianos” e “permitir aos tripulantes de cabina em Itália transitar para contratos locais durante um período de tempo acordado, com acesso imediato a benefícios locais tais como licença de parentalidade”.

Ainda segundo a Ryanair, o documento permitirá o “aumento de salários através de uma alteração à estrutura salarial”, garante aos tripulantes “mais benefícios livres de impostos” e introduz um “esquema de pensões italiano como parte do pacote de benefícios”.

Citado em comunicado, o diretor de recursos humanos da companhia irlandesa, Eddie Wilson, afirmou que o documento irá “gerar melhorias salariais significativas, bem como outro tipo de benefícios”.

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“Damos assim seguimento a outros acordos com tripulantes de cabina que assinámos, recentemente, na Irlanda com a FORSA e no Reino Unido com a UNITE”, acrescentou o mesmo responsável.

Este documento é visto pela Ryanair como um “sinal adicional do progresso significativo” de acordos com os trabalhadores e sindicatos, o que “vem uma vez mais desacreditar as acusações feitas por sindicatos mais pequenos não envolvidos nestas negociações e que vêm ameaçando com greves, que não chegarão a ocorrer ou terão um impacto residual”.

“Voltámos a convidar os sindicatos dos nossos tripulantes na Alemanha, Espanha e Portugal para uma reunião para que possamos negociar e chegar a um acordo de CCT semelhante aos já existentes noutros mercados”, lê-se no comunicado da empresa.

Para sexta-feira está marcada uma greve europeia de 24 horas de tripulantes de cabine com bases em Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Holanda, aos quais já se juntaram os pilotos da Holanda, associados do VNV.

Os trabalhadores têm reivindicado a aplicação das leis laborais nacionais, e não a irlandesa.