O segundo laboratório posto em órbita pela agência espacial do Governo chinês irá regressar ao planeta Terra através de um processo de destruição controlada, em julho de 2019. A decisão do governo chinês foi tomada de forma a evitar o desastre que sucedeu com o primeiro laboratório espacial, em abril deste ano. Este, ao ter tido um desvio na sua rota, saiu de órbita e entrou em colisão com a atmosfera, acabando por cair no Oceano Pacífico.

O laboratório atualmente no Espaço, Tiangong-2, está em órbita há quase dois anos e nele já foram desenvolvidos cerca de 14 projetos científicos. Em 2016, chegou a ser tripulado por dois cientistas chineses que realizaram experiências em diferentes campos da biologia, da física e da medicina.

Lin Xiqian, diretor e responsável pelas operações do China Manned Space Engineering Office, afirmou à CNN que “O Tiangong-2 cumpriu a sua missão durante os dois anos que esteve em órbita.”, reforçando que o processo de regresso à terra será controlado e não representará um risco. “Estará em órbita até julho de 2019, e o seu regresso será controlado”, concluiu.

Embora tenha estado em órbita metade do tempo que o seu antecessor esteve, desta vez, as autoridades chinesas optaram por não revelar a razão para desmantelar o laboratório Tiangong-2. Na verdade, os dois laboratórios que estiveram em órbita representam pequenos passos dados para atingir o objetivo final do programa espacial Tiangong, que passa por conseguir ter um laboratório permanente no espaço até ao ano de 2020.

Ter um laboratório espacial estável em órbita é primeira de muitas ambições que o governo chinês pretende cumprir, de forma a tornar-se uma das potências mundiais mais poderosas envolvidas na exploração espacial, até 2030.

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