O caixão com o corpo do Presidente vietnamita, que morreu na sexta-feira, percorreu esta quinta-feira Hanói, numa procissão funerária de homenagem ao defensor da linha dura do Partido Comunista, no poder.

A população vietnamita reuniu-se ao longo do trajeto para prestar uma última homenagem a Tran Dai Quang, na qual marcaram presença, por alguns minutos, os mais altos dignitários do país. “O sonho do meu pai era passar a vida a contribuir para a nação e para a causa revolucionária”, disse o filho do Presidente durante a cerimónia fúnebre, cujo enterro decorreu na sua província natal de Ninh Binh, a sul de Hanói.

Na quarta-feira, centenas de pessoas já se tinham reunido na capital para prestar homenagem ao Presidente do Vietname. Polícias, militares e monges desfilaram junto ao caixão, coberto com a bandeira nacional. O público não foi convidado para esta cerimónia, que decorreu na casa funerária nacional, na capital vietnamita.

Muitas figuras políticas também marcaram presença, incluindo o secretário do Partido Comunista do Vietname (PCV), Nguyen Phu Trong, e o primeiro-ministro, Nguyen Xuan Phuc.

Tran Dai Quang fez parte da dupla de conservadores colocados à frente do regime em 2016, com o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc. Além do cargo de chefe de Estado, foi um dos homens-chave do regime, no poderoso Gabinete Político do PCV, verdadeiro centro de poder, que nomeia o Presidente.

Tran Dai Quang, que foi ministro da Segurança Pública, principal pasta do regime autoritário, marcou o mandato com a repressão de qualquer voz discordante neste país, onde estão detidos dezenas de presos políticos, bloguistas e jornalistas. A sua eleição confirmou o domínio político dos conservadores, após um congresso do PCV em janeiro de 2016, marcado por fortes lutas entre conservadores e reformadores.

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