A taxa de desemprego estabilizou nos 6,8% em agosto, o terceiro mês consecutivo em que se mantém no mesmo valor, mas o número de pessoas desempregadas poderá ter aumentado, ainda que ligeiramente, e o número de pessoas empregadas e a população ativa estarão a diminui há dois meses consecutivos, indicou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Em julho, o número de pessoas desempregadas diminuiu em 1,9 mil, de acordo com os valores definitivos do INE para o desemprego desse mês, mas a estimativa (ainda provisória) para os números de agosto demonstram que esta descida pode ter desaparecido quase na totalidade em agosto, com o número de pessoas empregadas a aumentar em 1,8 mil.

O número de pessoas empregadas também está a diminuir. Em julho, o número de pessoas empregadas caiu em 6,6 mil e, a confirmarem-se os dados provisórios de agosto, este número terá voltado a cair em mais 4 mil.

A população ativa também está a registar uma redução, ou seja, há menos pessoas a participar no mercado de trabalho. Isto pode acontecer por várias razões, como por exemplo a reforma, emigração ou sair do mercado de trabalho para voltar a estudar ou porque simplesmente porque ficam desencorajados de procurar emprego depois de não o conseguirem encontrar.

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De acordo com o INE, a população ativa tem tido algumas variações ao longo dos últimos meses, mas tanto em julho como em agosto terá diminuído. Desde junho, haverá menos 10,6 mil pessoas a fazer parte do mercado de trabalho. Apesar do aumento do número de desempregados e da diminuição do número de pessoas empregadas em agosto, a taxa de desemprego manteve-se estável nos 6,8%, um valor que não se verificava (antes destes três meses) desde setembro de 2002.

A taxa não aumenta em parte porque a população ativa, que serve de base a este cálculo, diminui, mas também porque as variações ainda não suficientemente expressivas para que exista uma mudança na taxa.

O INE divulga taxas mensais para o emprego e desemprego e taxas trimestrais. No caso das taxas mensais, os dados do mês mais recente – neste caso agosto – são preliminares, o que significa que carecem de confirmação no próximo destaque, que será conhecido em outubro. As taxas de desemprego mensais, e os restantes números que acompanham estes destaques podem ser revistas, algo que não é incomum neste tipo de publicações.